Saúde anuncia um serviço e presta um desserviço à população

Campanha interrompida, população prejudicada
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Pense num absurdo. Na Bahia tem precedente.

A frase é de Otávio Mangabeira, político baiano famoso em meados do século passado. Mas nunca esteve tão atual.

Senão vejamos.

Durante a semana, a secretaria municipal de Saúde anunciou em serviços de carro de som, utilizando-se de recursos públicos, o funcionamento especial de postos de saúde para atingir a meta de vacinação contra a poliomielite. Dentre os postos anunciados como aptos para atender a demanda provocada pela publicidade volante, a secretaria apresentava a Policlínica, do bairro da Conquista.

Pois bem: apesar de todo o gasto com publicidade, tudo não passou de propaganda enganosa.

Pelo menos agora a tarde.

A servidora que deveria atender o público estava designada para, neste mesmo período, atuar no Pronto Atendimento da Dengue, no Hospital Geral Luiz Viana Filho. 

Ainda pela manhã, a reportagem do Jornal Bahia Online apurou que servidores do posto já sabiam do "desfalque" e, ao que tudo indica, apenas seu coordenador não foi informado ou não providenciou uma substituto para atender o serviço anunciado pela Prefeitura, mesmo com a ausência da titular da função.

Quem foi, acreditando no que o governo prometia, retornou da porta sem as gotinhas.

 

Procurada agora a tarde, a coordenação da secretaria de Saúde, inicialmente, desconhecia o problema. Depois de informada apurou e confirmou o problema. "Foi um erro de comunicação", alegou a responsável pela escala.

 

Tanto que, em função da denúncia do JBO, a Prefeitura resolveu estender o serviço na Policlínica. Hoje seria o último dia da escala especial. No entanto, amanhã, durante todo o dia, o serviço vai funcionar, sem registro de nenhum tipo de problema, garante a coordenadora.

Desrespeito é pouco. Desorganização, idem.